LEGENDAS |
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Poesias-->O Último Passeio do Tuberculoso pela Cidade, de Bonde -- 18/04/2000 - 02:52 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) |
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Ele vagueia pela cidade
Ele carrega o último bonde
& o último poeta modernista
Depois dele, o dilúvio.
O poeta comprou uma cadillac para devorar a
Latina América
Não se morre mais de tuberkulose
& sim de vírus de laboratório borrifados pela CIA
& de perguntas sexualmente transmissíveis.
O poeta tosse, tosse, tosse...
O sangue vem rubro escarlate
Hoje não tem tango argentino!
A cidade acende suas luzes-peixes no fundo do mar
As mariposas desorientam.
O poeta vem de bonde, o último lotação
Depois mesmo eles, como todos nesse cenário, se apagarão. |
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