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Poesias-->BOLERO -- 07/01/2002 - 18:40 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Bolero

lílian maial







Nem a tua mão na nuca

ou o sussurrar no ouvido

conseguiram abafar

meus devaneios.





Enquanto o bolero tocava

tua doce presença conduzia-me

à dor de saber

que meu par

nunca existiu.





Teimosa,

insisto em não ver-te

e esperar pelo que não vem

até a música acabar.





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