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Poesias-->Amargo do bairro -- 30/12/2001 - 00:43 (Emilia Talvez) |
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Se esvai
minha vontade de falar
por aí
num papel
e você?
Por que és?
fostes?
e será?
Uma mesa,
muita cerveja,
pra onde vais?
Onde eu chego
com tantas perguntas?
Onde eu vou
neste mundo sem respostas?
Os lugares de sempre,
as pessoas de sempre.
E sempre drogados nos becos.
Os ecos dos ouvidos.;
os formigamentos previsíveis.;
os momentos passageiros.;
na sua pele.;
na sua mente.
Completamente cansada das
saídas de emergência do corpo,
e a alma não mais relata
o que o corpo sente, numa tela em branco.
Quando o corpo não mais sente,
e a alma perde esta capacidade.
Quem sou eu pra vir com verdades
daquilo que não aprendi?
Apenas senti o amargo destas noites,
nestes bairros,
das pessoas procurando saídas
pro tédio que se instaura nos
buracos que abrigam a vontade de uma vida melhor.
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