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Poesias-->Arauto de Portugal -- 26/12/2001 - 20:37 (António Torre da Guia) |
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Nasceu à luz da candeia
e talvez na Mouraria
sua mãe era rameira
de seu pai ninguém sabia.;
ainda de tenra idade
no dia do baptizado
sua madrinha a saudade
quis chamar-lhe apenas Fado.
Lançado à roda da vida
nem chegou a ser menino
entre os becos sem saída
e as vielas do destino.;
já farto de ser "Menor"
e tristemente sentido
alegrou-se em ré maior
e tratou de ser "Corrido".
Diz-se dos amores do Fado
em noites de grande farra
que ficou apaixonado
quando ouviu uma guitarra.;
tão forte foi a paixão
que no Capelão casaram
e felizes desde então
nunca mais se separaram.
Rasgado e semi despido
pelas ruas d amargura
andou até ser vestido
de linho e seda pura.;
de samarra e botim
ou xaile em fios de prata
tanto andou que hoje enfim
traja de fato e gravata.
Na ralé em vadiagem
nos salões de fina gente
o Fado além de mensagem
é oração permanente.;
por condão e natureza
dia e noite - noite e dia
tanto se ri da tristeza
como chora de alegria.
Da Severa a Vimioso
à Amália e Marceneiro
o Fado fez-se famoso
e correu o mundo inteiro.;
Fado velho ou Fado novo
benquisto e natural
tornou-se em nome do povo
arauto de Portugal!
Torre da Guia
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