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Poesias-->Moda Interna -- 20/12/2001 - 11:44 (Gustavo Laranjeira) |
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Moda Interna
Uma prosa incessante permeia as minhas lembranças.
Lembro-me dos sorrisos que incendiavam as tardes.
Não me lembro de ter regressado ao seio da terra.
Uma prosa incoerente não mais entrava o meu caminho.
Ah, triste soneto estende-se ao chão,
Enquanto o céu regala os olhos às minhas ações.
Como pássaro solitário e rasteiro,
Me encaixo no nascer do Sol.
Uma rima desencontrada pesca as minhas visões.
Lembro-me do formato bizarro que a Lua desenhava no céu.
Não me lembro de ter resgatado a brisa gelada da serra.
Uma rima perfeita não mais falseia as minhas linhas.
Ah, triste dissertação sobre o amor resvala na razão,
Enquanto o véu da noite esconde as minhas ações.
Como aeronave rota e disforme,
Me encaixo no dormir do dia.
Um artigo inerte descontrola o meu poema.
Lembro-me das agendas e do pigarro das manhãs sem você.
Não me lembro de ter solicitado o seu retorno.
Um texto solto no ar não mais engana a minha poesia.
Ah, feliz reencontro com a origem,
Já contaminada com o hoje.
Como uma nave sem destino certo,
Me encaixo no passar dos dias.
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