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| Poesias-->Não sou morto... -- 18/12/2001 - 13:30 (BELGA) |
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Não sou morto...
Sou parte do que procria
E ao nascer passo a ser mais
A minha tolice é entrega
Sendo resoluto e ilógico
Me sinto novo a cada instante
Essa loucura de permanecer vivo
São meus olhos que enxergam
O mundo proferido pela gratuidade
E assim passam os dias
Neste mistério que atrai
A compreensão sempre oblíqua
O inacessível da verdade
Mas não estou morto
Pois vivo de meu resíduo
E me reciclo a cada dia
A morte é algo que não sou
O avesso do que possuo: vida
Assim vou sorvendo toda delícia
De se ter sentidos para viver
Meu mundo, na sua gratuidade...
Belga |
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