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| Poesias-->O Centro do Meio-Dia -- 13/12/2001 - 08:12 (José Ernesto Kappel) |
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Se nas folhagens que rebatem o
outono encontrar comigo, digo alô.
Simples de falar,
complexo de entender.
Pense e não fale,
diga, mas sussure,
somos páginas de todos,
e no centro de meio-dia,
lamentamos nossas luxúrias.
O que passou, passou,
somos todos um só.
Não adianta explicar.
A dor tá lá, existe,
veleja pelo corpo,
danifica a esperança,
e corrói os impuros.
Nesta carruagem não entro.
Bem no centro de meio-dia?
Lá não existem coretos,
varas verdes,
crianças de colo,
mães aspirantes
e pais em suspense.
E se um dia eu me encontrar
prometo, diante deste barril,
de puro vinho de discórdia:
bebo ele como água,
e tomo você
dos braços de Zeus e levo
pra casa dos milagres
onde a gente se faz de grande.
Porque de onde eu vim,
ninguém vai.
E a coisa se alastra:
todos vestem brim.;
e eu um pobre carmim!
E também com tal vinho?
Que faço eu, com esse
tal de barril de ânsias?
Só lamento na saia dela,
choro um pouco e devagar,
vou simples,
fazer meu pobre canto
a derradeira aurora
da vida que
nunca vivemos!
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