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Poesias-->* visão a mais * -- 11/12/2001 - 12:40 (Gustavo Laranjeira) |
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Seis horas, manhã sem muitas luzes.
Vejo ao longe, o lago já sem sua neblina.
Observo: de dentro d´água, suspendem-se as cruzes.
Num espasmo vejo-te, apenas uma menina.
Os olhos captam muitos poemas do ar.
Externos aos medos, pés de gelo no chão.
Os muros capturam almas do mar.
Entristece-me: meus amigos de outrora, não os são.
Visão lacustre sempre em manhãs como esta.
Desde horas atrás sugo este aroma.
Expilo todas as brumas, em festa.
Expurgo todos estes fantasmas, em coma.
Se entendes os amargos amores,
Por qual motivo entorpecido,
Destes azedos clamores,
Há de ser o seu humor amortecido?
Viste o céu como se fosse um quadro sem rosto.
Bebeste daquela água fétida sem alma.
Reclamando seu insípido posto,
Obrigou-me a ser de todo, calma.
A história de suas aventuras mortas,
Estende-se pelo chão sem terra da sua casa.
Aplicaste os pés à porta,
Invadindo meu mundo, matando em mim uma asa.
O calo esquálido de suas retinas,
Permeia minha vizinhança, na escuridão.
Alonga as rugas de suas idéias felinas,
Enquanto meu desejo era apenas a não solidão.
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