Cabeça borbulhando.
Pensamentos, desejos.
Pernas flutuantes.
Palavras soltas mais uma vez.
Eu solta, livre, sua , dele e de mais ninguém.
Inibida, tímida, sincera, entregue, diferente,
ET na órbita errada.
Olhos fechados,
ônibus indo, me levando pra longe.
Pensamentos virtuais. Isso existe?!
Seria tudo real?!
Passatempo.
Eu na mesma tecla.
Você na mesma órbita.
Certa você, sensata..
Eu deslocada, culpada, e tome ada.
Louca. Nada sensata fora de mim.
Doida pela vida nada experimentada.
Vida nova.; isso existe?!
Vida levada.
Música meiga aos ouvidos.
Bebidas que dão câimbras.
Câimbras nas bochechas.
Forçadas, mas espontâneas.
Enjôo do corpo, do espelho,
do organismo, da vida prevista nos manuais.
Tão entregue pra vida,
pro amor,
pros amigos,
pra família.
Entregue de corpo e alma para um grupo seleto.
Inquieta em mais uma noite morta,
entregue às baratas na minha cama.
Vento no rosto.; ventilador ligado.
Retrospectiva do ano em alguns minutos.
Saldo: Inúmeras angustias e câimbras
(passageiras)
nas bochechas .
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