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| Poesias-->Acordar -- 07/12/2001 - 20:14 (BELGA) |
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Vida, em que situação te vejo
É na ânsia de te ter plena
Porém escapa-me aos dedos
Tudo que sei é desconhecido
As coisas diferem na prática
Adquirem instâncias próprias
Dando a sensação de inutilidade
A tudo que se teorizou
Talvez tudo seja fruto da vaidade
O ser humano afogado na pretensão
Mas apesar disso algo pulsa, eu sinto
Embora me abstenha do rísco
Forjo meu mundo, busco segurança
É tão ruim andar sob temporal
Desguarnecido de sonhos, de calor
Projetando apenas medo, sem ação
Lógico que assim não se vive
Pois a intenção é da ideologia
Um entenebrecimento da autonomia
E nessa dependência somos marionetes
Com estéreis passos perdidos em si
Querendo apenas acordar
Mas o sono é tão grande, é pesadelo
Que já não se sabe o que é acordar.
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