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Poesias-->Coração Insone -- 05/12/2001 - 19:22 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Coração Insone





Deito-me em meio aos abraços da insônia

Entre as dobras dos lençóis, incertezas

Amarrotadas perguntas em vigília

A vestir o nublado dos olhos

Assedia-me os laivos de um tempo

Que não adormece, ainda que boceje

Perscruta-me a saudade, o relembrar

Escancaro minhas portas, janelas

Desato a lua, ardo nos vestígios de ti

Rompendo com a sensatez e a razão

Desabotôo-me das vãs promessas

Esquecer-te enruga-me o coração

Empresto-me ao desatino, ao delírio

Não queiras me converter ao estipulado

Não me proponhas acordos, tratados

Em que o amor seja apenas um arremate

Estou sempre de caso com o viver

Amante, entregue, rascunhada de sol

Ainda que rasurada pelos desenganos

Não me importa a distância, o relógio

Não respiro em compasso de espera

Sei-me em cio de vida, úmida de sonhos

Vezes, sou um fragmento de fragilidade

A buscar amparo em braços órfãos

Não tenho pudor, quando me exponho

Às mãos da ternura e ao amparo do toque

Bem sei dos meus anseios devastadores

Mas não me curvo à dor, ao desalento

Recolho meus restos, pedaços de melancolia

Dobro as minhas lágrimas, descansando-as

Predestino-me à emoção, ao incontido

Não me cabem os lenitivos, sedativos

Em noites como esta, escrevo-te

Tropeçando na tua ausência e silêncio

Eis meu antídoto para sobreviver

À palmatória da tua deserção...



© Nandinha Guimarães

Em 05.12.01









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