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Poesias-->volumes do olho -- 05/12/2001 - 11:26 (maria da graça ferraz) |
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Trago um olhar olhudo
Do tipo papudo, peitudo
e cabeçudo olhar
que gosta de se assustar
Ele procura buraco.Fuça
tudo até se encontrar
no ponto de fuga
Então jaz em paz
e dele, nunca mais,
ninguém ouve falar
ou vê olhar ou cheira perfumar
Pois digo : Meu olhar já
morreu nesta vida,
várias vezes,
ao meditar na
linha imaginária
que o liga ao infinito
e o espraia de horizontes-
rubicundos redondos
É assim que olhar
morre :
Espalhando-se
em espelhos- sem contudo,
em nenhum,se encontrar
Olhar só morre
ao esvaziar-se da ilusão
de reflexos...Olhar
só morre ao se matar!
É no ponto de fuga-
proibido e temido-
onde se alisam rugas
de volumes e amaciam-se
planos de vidro
E olhar atravessa
o universo em passos
até a outra margem
onde abraça sua
verdadeira imagem
E, ao chorar, por
se enxergar, evapora-se-
- êxtase contrito-
no grande olho que pisca
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