Eu vi o botão de rosa pequenino,
crescer e enrubescer a cada hora,
e, aos afagos do orvalho matutino,
tornar-se flor ao despontar da aurora.
Agora vejo que, olente e mansa,
no festival da sua realeza,
a bela flor na haste se balança,
ostentando suas vestes de princesa.
Auscultando esse místico labor,
esse milagre que a própria flor,
nos revela através da sua beleza,
eu vos afirmo, sem nenhum temor:
— São as flores as mãos do Criador,
que se abrem para nós na Natureza... |