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Poesias-->ENIGMA II -- 30/11/2001 - 21:47 (Nelson Haroldo C Anjos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E N I G M A II



Que pena! Se dos meus olhos

Envio-te mensagens decifradas.

É que fico na palidez do teu olhar

Largo de rumores e luas afogadas.

À noite a incendiar-te, e entre mim,

Labirintos, gris-noticias cifradas...



Já não sei mais... Absorvo o enigma,

Solerte adubação do olhar ocorrente

Refletindo o espelho denso/propenso,

Talvez... Mendigo, desejos recorrentes,

Dos teus olhos tensos/pretensos,

Cauterizando todo sentimento...



Relembras comigo... Amar-te?

Que outros se impregnam da tua seiva corrente,

Enquanto, reservas á mim o aroma distante?

Que outras bocas te dirão? Ah, o quanto sonhas-te!

Ocupa-me dizer-te das primaveras mal-abrigadas.

Flores temerosas, fugitivas, dissimuladas...



Mas, o coração flutua na leitura do olhar,

A quem ama, por quem crê em todo brilho,

Por que se despe e por quem padece

De ânsias, de desejos, de suspiros...



E, quando a noite bater na minha porta

Incendiada no lume das tuas íris,

A lua nova beijará a tua janela

Embriagada dos meus perfumes!



Nhca

Out/01







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