Na imensidão dessa distância sigo os meus olhos, me vejo só, sem rumo, entre pedras e espinhos...
Nu num canto qualquer, num tempo que acelera, que corre em círculos, em labirintos, perdido, perdido em alucinações.
Vivo do que não volta mais,
do absurdo,
do imundo.
Sou completamente anônimo,
normalmente atônito frente as vidas pálidas que seguem sem ir a lugar algum.
Não sei se é a vida que Deus dá ou se é a vida que nós cremos. O fato é que estamos atrás da porta a chorar ou a rir com vergonha.
Tudo se confunde ou pára quando a gente não tem pra onde rogar.
Tentamos sair do sol, tentamos nos apaixonar, mas o ar está pesado,mais pesado estar o lugar.
Enquanto eu queixo as dores.;
Alguém queixa da fome horrores.
Precisamos lavar os pés dos homens.;
precisamos voltar, retomar a decência, pro mundo louco frear, estaguinar...Pra sairmos do chão, pra desinibir as lágrimas do peito, pra quem sabe o mundo voltar a ser normal, não mais morrer a morte em vida, revolver as feridas e confirmar de vez que a vida é Deus, paz e amor. Sem atrelá-lo a dor, como castigo de um povo que não pensa, que não ouve, que não fala e principalmente julga-se como sendo impotente pra mudar. |