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Poesias-->antenor,volta para mim -- 28/11/2001 - 00:36 (maria da graça ferraz) |
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Antenor, volta para mim
mdagraça ferraz
Ao longe, o luzeiro da
cidade é lago de estrelas
O coaxar de um sapo
chama a companheira
A lua cheia - véus nublados
prova virtude do recato
Estou embriagada
Deixo escapar a preciosa
coisa há tempo guardada
A lágrima dividiu o rosto
numa cicatriz cor de rosa
Foi, guando o luar mudo
recortou o grande vulto-
loba de pelos escuros e
orelhas muito abertas
Houve a troca cúmplice
de olhar triste e alerta
entre eu e o animal
Éramos o poder manifesto
cujo destino era se encher
e se contrair- do vazio,
tirar a cria,curar o frio,
povoar e gerar a vida...
Afaguei a face ferida
da loba, entrei no carro,
chorei,gritei e dei a partida
para o cotidiano como
o faria qualquer humano.
E até hoje, não sei bem
o que aconteceu esta noite:
Se foi uma mulher que
ficou no mato, posta
de quatro, a uivar doído
o sem sentido de sua vida
como um cachorro sem dono .;
ou se foi uma loba descalça
que voltou para a casa,
rabo baixo, triste abandono,
a gritar -gemido sem fim:
"Antenor, volta para mim!"
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