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Poesias-->rosa nua -- 22/11/2001 - 23:23 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Queria me desvestir

como fazem as rosas

Deixar cair partes

como máscaras

Ser despida pelo tempo

até a haste

e não deter o processo

Saber secar fresca

e completa

Perder juba da flor

e coroa do fruto,

sem luta ou amargor

E, por fim, aguardar

o vento,

restar-me talo

têso e ereto-

magro esqueleto

de menina

que se inclina no ar

para terra beijar.

Orgulhoso de ter

sido rosa - um dia

Glorioso de ser

talo- agora









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