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Poesias-->Horizonte -- 21/11/2001 - 21:12 (Louise Brum) |
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No horizonte, minha vista se perde,
Se dissolve em partículas
Que descolora o entardecer.
Prefiro, realmente, a noite que nasce
De um berço frio e denso, indolente e pesado.;
Uma noite como todas as outras
Que passei em tua ausência,
Lembrando de quando estiveste aqui.
Ah!...mas estas lembranças são finas como lâmina,
Que ferem o meu peito
Com a mesma suavidade que se alimenta a saudade
De minha alma que é inquieta...que aos poucos se dissipa...
E só resta o vácuo em meu ser.
Espero que esta noite siga para acalentar minhas sensações.
Sim, apenas estas sensações...puras e nostálgicas.
Livres de outros erros iguais a elas...
Puras e nostálgicas como elas...
E vivas como tua imagem.
Mas procuro não olhar no espelho o teu sorriso,
Nem as mãos, procuro tocar os teus lábios...
Simplesmente para não lembrar-me de ti.
Espero a noite se calar,
Ou apenas rir...
Mas que deste riso
Surja apenas espaços de agonia sob meu rosto pálido.;
Numa alma desgastada como a minha,
Permanecendo inquieta como o vácuo que em mim sobrou...
Mas não cairei em lágrimas nas espumas de um beijo,
Porque esse insulto de alegria,
Não me aproxima das coisas que eu já perdi.
Ah! Mas o sono bate...
A noite cresce e se fortalece num suspiro solitário...
Na boca seca...
Na saudade que me fazes passar.
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