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Poesias-->Amar -- 21/11/2001 - 20:57 (Louise Brum) |
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Não quero! as sombras deste nevoeiro que passa,
Fingindo ser a tua sombra.;
E perceber o intento de tuas carícias
De quando olhas para mim
Procurando algum sinal de vida, entre estes olhos já entregues...
Nem ser a imagem
Do desprazer, do vício,
Do tédio dissoluto de sensações
De quando passas por mim,
Ser assim...tão puro e simples...
É assim que se insulta com a vida...
Mentiras por prazeres!
- Como sonhos frenéticos...
Lerdos em choros aguados...
Tristes e revoltos
Penosos e descompassados
Como um dia que é mais noite que a noite?
Não foi assim...
O relato à minha infância.;
Nem nas aulas de drama-poética
Onde o princípio era a eternidade
Fazer-nos crer
Que na velha chama
As almas eram cromadas
Amarelas ou vermelhas como sangue.
Prefiro ficar quieto!
E te observar,
Mas sem ter o lamento discreto
De um pescador longe do mar.;
Ou ter a dor imperceptível
De alguém que perde
O último capítulo da novela
Soltando um suspiro surdo e vagaroso
Sobre a mesa cheia de pratos e talheres.
Não quero!
Quero sim, que o mundo por inteiro
Venha ver de perto minha dor
E grite junto à ela
Quando não vier mais as lembranças
Preencher vagos espaços...
Sim!...prefiro amar um amor sofrido
A não amá-lo
Ou deixar de amar.
E prefiro ter um jardim em cinzas
Que um campo vazio em preto e branco.
Mas é assim que se ama
É assim que se é amado
Sem exagero ou mediocridade
Sem a perca de um minuto se quer
De um segundo qualquer
Mas cheios de esperanças
Que talvez sejam...
Talvez seja...amar!
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