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Poesias-->Amigos e Amantes -- 21/11/2001 - 20:53 (Louise Brum) |
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No recanto alegre
De um sorriso largo,
Sinto-me inusitado
E nervoso...
Cego...
E insultado por amigos.
Amigos e amantes,
Boêmios de classes desiguais,
Como flores na primavera,
E sentimentos
No próprio vazio de suas sombras.
Entre amigos e amantes,
Sou apenas luz
Sem brio nem cor,
Que só sente,
Mais que nunca,
Um vazio no simples olhar.
E inutilmente me conservo,
Como uma rosa fragilizada,
Que com toda certeza
Nunca escapará
De desfolhar-se
Sobre a carne fria de alguém.
Há!...há tanta discórdia
Entre olhos e bocas
Sob um mesmo amor,
Que fui forçado a fugir
À galhofadas e pota-pés
Da casa onde vivi
E tanto amei.
Saberás tu onde eu morei,
Saberás também o que eu sinto?
Deveras! Foste tu que amordaçou-me
Num quarto escuro
Sem fantasmas algum...
Espreita, então, a brutalidade
Da minha dor de perder
Uma estimável compainha
Que só me fará falta
Quando eu estiver perto de alguém.
Feche a porta, amigo,
Apague a luz
Abra a janela
Acenda uma vela
Um charuto
Beba um vinho
E nunca rime...
Jamais rime.
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