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| Poesias-->Pedra Nua -- 21/11/2001 - 11:53 (Gustavo Laranjeira) |
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*** Pedra Nua ***
Espalham-se as planícies férteis dos meus sonhos,
Por entre os arvoredos negros dos seus olhos.
Encontro a fornalha, brasa em cima da fronte.
Meus medos sempre foram os mesmos,
Minhas palavras sempre foram navalhas dúbias.
Espero sua pele dentro das mãos.
És pedra nua,
De carne escura e pura.
Encrava-me os olhos na visão de seu sorriso.
Estendo o abraço a fim de estar protegido.
Proteção maquiavélica.
O fim se mistura aos meios.
Recosto minha cabeça exausta,
Na pedra fria da sua distância.
Amor é esperar sem precisar.
Elevo minha alma,
A um lugar sem dono.
Sei que sua estrada cruza o meu céu.
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