Oração.
Mesmo que a morte cale meus lábios,
Jamais calara meu coração,
Que insiste em viver a vida eterna.
E jorrando gotas de sangue,
Súplica por uma fulga do próprio eu.
Sonhar com mãos verdadeiras que dizem palavras ao corpo,
Confirmar tudo o que os homens já sabiam,
Menos a face metade.
Estou perto de alcançar o que se pega,
E longe para afastar o que nos une.
Ainda sim, tenho medo daquilo que não conheço.
Confiar, confiar, confiar.
Se antes era totalmente pedra,
Por que agora sou feito pena.
Por que o medo é tão constante em minha vida ?
Medo de perder o que Deus me deu,
Ou medo de ganhar o que é meu.
Abençoa senhor, abençoa.
Ronaldo César dos Anjos
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