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Poesias-->O Presidiário -- 14/11/2001 - 02:06 (Juraci de Oliveira Chaves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Presidiário



Por Juraci de Oliveira Chaves





À minha frente, grades enormes

Ao sul cortinas de tijolos queimados

A luz em conta-gotas invade pela fresta

Sem nenhuma alegria o sol, penetra.



Neste submundo imundo onde vivo

Sonhos de liberdade invento

Intenção minha passar rápido o tempo

E a dor da tristeza do isolamento.



Nas paredes sujas rabiscadas

Uma mensagem de amor me acalenta...

Que injustiça essa justiça

Lacra-me e o criminoso inocenta.



Meus pensamentos navegam distantes

Na incerteza de um dia poder provar:

Sou inocente, sob tortura confessei.

Esperança no resultado do DNA.



Neste cárcere a traçar planos inatingíveis

Embalando a agonia de minha sina

Nada acontece, tudo se cala

Sentença longa me alucina.



Solidão que me consome o coração

Sem minha família, longo deserto

Tudo tão longe, mesmo tão perto.

Desmembrado rejeito a própria vida.



Nesta desilusão infinita

Sem luz e sem luar

Viver para quê? Para quem?

Digo adeus, vou para o além.



Pirapora, novembro 2001

















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