O NADA
Buscamos o NADA
O NADA,
que é criação, profusão,
colore a vida e aquece o coração.
O NADA,
que é infinito e, na infinitude,
efetiva a essência humana,
possibilita os pontos de intersecção,
onde a liberdade se torna real
e se realiza a expansão.
Buscamos o NADA que é TUDO.
Onde erramos?
Que caminhos percorremos?
Teríamos filosofado demais
e agido de menos?
Tentamos driblar os anseios,
imitando o real,
por medo, covardia ou impotência,
e fracassamos
porque o real não tem imitação,
não tem cópia,
não admite faz-de-conta.
Ele é o que é.
Encontramos o nada vazio.
O nada,
que definha e angustia,
decresce, retrocede.
Seca a vida, desumaniza.
GCunha
11/11/2001
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