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Poesias-->SOLITUDE -- 04/11/2001 - 21:12 (Carlinhos Pink) |
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a senhora de claro não perdoa
ela consome as mágoas
e injeta em vias isoladas
do puro entreolhar das virgens
as fragrâncias da solitude do perdão
e o seu senhor na vertigem do último vôo
copulou com as virgens
em suas entranhas rubras de desamor
decaindo em tamanha distância
à claridade da sedutora
apaziguando no possível dos impossíveis
a fúria incontida de sua senhora
com as mãos atadas e o peito sangrando
sofre garanhão incrépido
eis teu pecado incrédulo
estupidez, vã estupidez
violência, sinta a violência
a senhora continua
oh rainha da sapiência
oh rainha da inocência
teu pecado é não pecar
e teu destino é covardia
quebre o elo das correntes presas aos meus olhos
liberte as asas de novas conquistas ao teu reino
és bela e ao mesmo tempo cruel
e o senhor a inveja e o senhor a venera
e a senhora de claro aprende a perdoar
ela distribui sorrisos
e engarrafa as dores dos fantasmas
sobrecarregando seus medos
libertando as mentes e os sonhos das virgens
e o senhor, apesar do pouso e do repouso
aprendeu a copular com a senhora
e conquistaram as alegrias das crianças
e acreditaram na felicidade |
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