LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->A FESTA DO QUINTAL -- 10/04/2000 - 18:59 (Itabajara Catta Preta) |
|
|
| |
A FESTA DO QUINTAL
Quando Elina à janela se debruça,
que festa no quintal!
A flora, a fauna e a própria vida inerte,
num concerto ritual,
iniciam a festa da natura,
de alegria geral:
Acorrem a voar, as avezinhas,
cantando o seu trinar,
as borboletas de variadas cores,
alegres, a bailar
e, em tudo, põe a sua luz brilhante
o diamante solar.
As flores abrem mais suas corolas
e o perfume sutil
se evola, desde a flor da terra em festa,
ao céu de puro anil.
E os ventos perpassando no arvoredo
sussurram hinos mil...
Depois, vão de per si homenageá-la:
As aves, a cantar,
voluteiam em torno à sua fronte
e, mesmo, a vai beijar
um colibri, nos lábios que enteabrira,
saudosa, a suspirar...
As borboletas de variadas cores
voando, também vão
rodeá-la e se unem asa a asa,
como se dando a mão...
Bailam=lhe à frente, azuis, brancas, doiradas,
formando um coração!
Agora, a caravana é inconsistente:
A alma de cada flor,
por mistério celeste evaporada,
sobe em sutil olôr...
E o perfume das flores, de mistura,
é perfume de amor!
As frondes do arvoredo, farfalhando,
suspiram hinos belos,
ao perpassar dos ventos que acorreram
a beijar seu cabelos
e a acarinhar-lh com amor as faces,
com infindos desvelos!
E o sol - o próprio sol! - rei orgulhoso
de toda a natureza -
envia um de seus raios mais brilhantes,
em luz ideal acesa,
a confessar-lhe que ele - o rei - é escravo,
também, de sua beleza...
Entretanto, chegando perto dela,
esse raio solar
pára, hesita, recúa extasiado
à luz de seu olhar...
e retorna sem ter dado o recado,
temendo se queimar!
Nisto, Elina suspira!!! e a brisa leve
estremece de amor...
Há um arrepio nas pétlas e corolas,
leve e sutil rumor.
como o de perpassar de harpa celeste
de um anjo do Senhor!
Elina se retira! E acaba logo
todo o encantamento...
O sol é cálido. É o ar pesado.
É forte e frio o vento.
E toda a vida que encantava a vida
se esvai como um lamento...
Somente, na janela onde estivera,
Há algo que extasia:
O seu perfume leve e delicado,
por divinal magia,
ficou, pondo no ambiente descorado
um resto de poesia!
-----------
|
|