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Poesias-->ah..tempos -- 04/11/2001 - 01:47 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ah, amargos tempos!

Tão pétreos! Da beleza

desgraçada e cinérea

de chaminés magras

e negras - tais velhos

dedos escravos de polé,

fletidos para as alturas,

em agonia , retorcidos...

Dedos iguais aracnídeos.;

que arrastam-se fracos,

duros e reumáticos,

junto à bocas caladas

e à corpos estáticos-

iludidos pelos sentidos.

Ando nestas paisagens,

como vadia ensandecida,

a pisar ossos e carniça

de cadáveres de versos

insepultos e sorridentes.

Ah,Tempos dementes!

E meus dedos vivos

e lúcidos e feridos,

suportam o estandarte-

belo e triste e ridículo-

do Amor e do Lírico...

Aceitam o escárnio,

a maldade e a ironia

com a honra do calvário

Ah, tempos inconscientes!

Meus dedos rogam a Deus

piedade e clemência,

e fecham-se como páginas,

feitas de dez lágrimas,

trigo e água benta, como

duas fatias do pão ázimo.































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