Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51783)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->ah tempos -- 28/10/2001 - 00:13 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ah, tempos....

mdagraça ferraz





Ah, amargos tempos!

Tão pétreos! Da beleza

desgraçada e cinérea

de chaminés magras

e negras - tais velhos

dedos escravos de polé,

fletidos para as alturas,

em agonia , retorcidos...

Dedos iguais aracnídeos.;

que arrastam-se fracos,

duros e reumáticos,

junto à bocas caladas

e à corpos estáticos-

iludidos pelos sentidos.

Ando nestas paisagens,

como vadia ensandecida,

a pisar ossos e carniça

de cadáveres de versos

insepultos e sorridentes.

Ah,Tempos dementes!

E meus dedos vivos

e lúcidos e feridos,

suportam o estandarte-

belo e triste e ridículo-

do Amor e do Lírico...

Aceitam o escárnio,

a maldade e a ironia

com a honra do calvário

Ah, tempos inconscientes!

Meus dedos rogam a Deus

piedade e clemência,

e fecham-se como páginas,

feitas de dez lágrimas,

trigo e água benta, como

duas fatias do pão ázimo.



































Yahoo! Groups Sponsor







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui