Tenho visto em mim,
Sei que não posso negar, há um nome
Para este estranho sentimento:
Sei que fui barro de um oleiro,
Tela de um pintor, água ou o
Próprio amor.
Fui talvez, tudo que há de mais
sagrado,
Fui água, catedral, rima e
Verso,
Fui talvez, descrito por
Neruda, ou quem sabe pelo
Próprio Carlos Drummond de Andrade...
Fui a flor do Saara escaldante,
Deram as minhas mãos
Algemas e não deram pão...
Não fui a lágrima em Israel,
Nem as armas do Vietnã,
Nem sentimento, nem dor,
O próprio amor...
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