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Poesias-->perdição -- 12/10/2001 - 01:50 (maria da graça ferraz) |
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Estive no navio negreiro,
e junto a Castro Alves
levantamos a bandeira
contra o mal da escravatura!
Estive no chile com Neruda,
ao lado de seu povo desvalido,
quando gritou contra a tortura,
o abuso do poder e a ditadura!
Estive com Fernando Pessoa,
em seus sonhos pelo Quinto
Império e, ainda hoje, sinto
o seu clamor por um Portugal
mais rico e mais bendito
Fiz cair as bastilhas ,
libertei presos políticos,
no coro dos iluministas!
Fui um dos inconfidentes
que tentaram a liberdade
do povo sofrido e carente!
Vi o céu de esmeraldas
que iluminou o bandeirante
Anhanguera, e tatuado
no meu peito está os nomes
de Garibaldi e Anita...
Como Conselheiro, penso
em lutas santas - Canaã
perdida dentro do sertão!
Trago a dor das fogueiras
dos infiéis da inquisição
Minha alma é columbina-
aventura-se em busca da
América tão distante!
Onde houver um homem
injustiçado a chorar.;
ou outro homem a sonhar.;
em qualquer época,
é aí onde vou estar...
Não! Não adianta tentar
me calar...Sofri a dor
da guilhotina, do exílio,
do holocausto, do catre frio,
da inanição, da solidão...
Possuo a rebeldia dos tolos
e a coragem dos loucos
Assinei "rebelde" ao vir
e assinarei o mesmo ao partir
É esta minha existência
Minha única razão e crença
Minha perdição:
eu não morro!
eu não morro!
eu não morro!
Enquanto não houver
a paz, esta terra
não me jaz!
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