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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Vistosa Solidão -- 06/10/2001 - 09:45 (José Ernesto Kappel) |
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Fui eu um dia cavalheiro da corte:
colorido,pávido,
era sócio das comodidades,
das ausências, e dono
de várias portas.
Tinha um ombreiro de
ouro prá passar.;
um pomar gotejante
de frutas doces,
e um jardim brotado
de pétulas: um
campo florido, tangente
de esperanças atadas
à minha minha vida,
que já não era mais minha
mas do povo meio aguado.
Era dono de todas as
verdades,
e de verdades nenhuma:
- e em todo reino é assim:
no pomar onde reina
mais de dois,
ele morre de
tantas ordens e desordens.
Na verdade nem dono dela
eu era.
Na verdade mesmo, o dono dela
eram três reis e uma rainha.
Fainado de dores e dúvidas
larguei minha alma pelos campos
de guerra, e fui de louros
viver
no mais longínquo alpendre
que restava na montanha -
Enfim,tudo muito porvindouro.
Dono de mim,
sempre me perguntei:
de que vale um reino
uma mulher calceteira
de homens,se,
dentro da gente,
o que só explode
é uma vistosa solidão?
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