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Poesias-->avistar -- 05/10/2001 - 23:07 (maria da graça ferraz) |
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Olha-me, amor,
como uma cega
olha a chama
de uma vela
Olha-me como
o clique do
fotógrafo olha
o eclipse
Além do cristalino
Além da retina
Olha-me , amor,
como uma jangada
olha o mar
abençoado
Olha-me,amor,
como o lampião
olha a estrela
na vastidão
Além da anatomia
Além da fisiologia
Olha-me,amor,
como um pintor
olha a tela
branca e definida
Olha-me, amor,
como a criança
olha para a santa
do andor
Olha-me além
do exposto,
do declarado,
do corpo
Olha-me além
do pigmento,
do nítido,
do óbvio,
do definitivo
Empresta
borboleta como
óculos.
Usa a luneta
da abelha.
Olha-me além
da lógica
da semiologia
da ótica
da pirotecnia
Olha-me!
Pô, Olha-me!
e me veja
e nos enxerga
O intríseco
do olho
é reflexo do infinito!
Olha-me!
Pô...
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