LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->docinho -- 27/09/2001 - 00:09 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Docinho
mdagraça ferraz
Porque entre eu e o mundo,
há um tipo de gente cáustica,
cheia de travor, trago e tabaco.
Gente ácida de cachaça.
E, nos mares de xarope
de groselha, no barco do
torrão de Marselhe, olhos
de jujuba, pele de rapadura,
remelexo de pudim, esta moça
viaja com baba na boca...
Porque entre eu e o mundo,
há gente insípida e insossa...
E, no sol de quindim e algodão
doce, chocolate é timão,
e de papo de anjo para o ar,
sonho chocolate e manjar
Porque entre eu e o mundo,
há um céu de astros mortos
e sozinhos e pessoas presas
ao chão com tachinhas...
E, fios de ovo é cabelo,
canela de rosquinhas
têm meu cheiro, e ambrosia
é meu único tempero
Porque entre eu e o mundo
há um tipo de gente "adaptável"-
medíocre e ordinária,
sem gosto, sem sabor.
E, meu canhão multicor,
dispara bolas de sorvete
"cereja ao licor "...
Porque entre eu e o mundo
ha´amor mas há dor...
Ó ,Implacável e definitiva
cidade de pedra,
ser-lhe-á útil esta poeta?
|
|