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Poesias-->fluir -- 26/09/2001 - 23:56 (maria da graça ferraz) |
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Os caminhos - bondosos carrascos,
carregam meu corpo nú e desprotegido,
em seus braços másculos. Não ando.
Sou levada pela enxurrada-
indefesa e desmaiada-
como uma boneca de plástico
Pois a vida
não perdoa
não barganha
não coopta
não dá chance
não compactua
O chamado livre-arbítrio habita
os meus olhos de vidro e narcóticos
A ilusão confunde a lógica
O sonho embaça a ótica
Não sei quem sou. Quem?
Não sei se tenho olhos
ou se são os olhos que me têm
Do destino, prisioneira!
Dos sentidos, refém!
Sou todos. Ao mesmo tempo,
sou ninguém!
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