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| Poesias-->incógnita -- 23/09/2001 - 04:12 (maria da graça ferraz) |
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Incógnita
mdagraça ferraz
Estava sentada à
sombra da árvore
da minha vida...
É quando uma borboleta
da cor de mármore invade
a cena de repente e,
viola a virgindade
do meu recato
como um tridente
de algum diabo
Espanto-a com
meus braços...
Mas, se fosse eu
um pintor,
meu único modelo
seria a abelha
que por ali passou
Eu não a vi, mas
ela me ferrou...
Derrubou meu relógio,
fez amor com a
borboleta e cocô
no óbvio ambulante
que por aí também
passava incógnito
com hálito de vodca
Ah...minha vida!
É um paradoxo
e esta paródia!
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