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Poesias-->NAVIOS -- 03/04/2000 - 04:22 (Luís Sérgio Santos) |
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NAVIOS
As dores do mundo
não cravam bandeiras
nem aportam num palácio
com resposta e portão.
Passa um navio
carregado de aço
que pode não flutuar
o homem em água nenhuma.
Pratos sem peixes
de um horizonte onde
se arrastam gaivotas
sem devorar navios.
As dores do mundo
se fazem na falta
de momentos exatos.
Na régua e no lápis
uma esquadra
poderia dar o desenho
de um novo mundo
cada navio é um desafio.
As dores do mundo
possuem a geografia ilimitada
onde os primeiros contornos
seme-movem-mostram
pelos pés e cabeças
dos homens sem solução.
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