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| Poesias-->Da boca que bafora -- 02/09/2001 - 17:27 (Jackson Nascimento da Hora) |
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“Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das água embalada...
- Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!”
- Álvares de Azevedo
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"Surgia
,sobre tempestade de areia, sobre turbilhões de água e relampejos no céu,
é senhora do meu sonho,e só nele se encontrará, a musa do meu desejo:
É dia, é hoje! Ela vem. Tão abstrata, tão completa!
Às apalpadelas, nessa minha escuridão infinda,
Toco a tua face e enxergo luz ao descobrir esses teus traços tão sutis e delicados.
Percorrendo o meu caminho, caminho tal tão acidento e discriminado, tropeço topeiras
E desdenho o vulgar ao descobrir ás tuas formas delicadas de pétalas e perfumadas de doce romã.
Oh, Deus!Chego a me envergonhar em deslumbrar virginal beleza.
Minha Rosa!, em jardim suspenso! Assim ti penso, apuro do mundo, para ti preservar intocada...
ou a mim?
Tocas minha mão... não, minha mão não hesita...
Teu olhar baço ,para onde miras?... Não me fite.
O que fazes? Não desças daí!...
Então deixes que eu fique aí!"
Jackson N. H.
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