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| Poesias-->impermanência -- 23/08/2001 - 00:31 (maria da graça ferraz) |
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Gosto da forma do ar-
transitória e de raspão-
corta mão sem cortar.;
faz pensar em vento,
sem ver vento passar.;
faz pensar passar,
e pensando o passando
vai se formando...
Gosto da forma que
está sempre se criando
Gosto da idéia da forma,
e não da forma em si...
A forma - esta eu atiro
quadrada para os teóricos
e para os pitagóricos...
A filosofia redonda do vento
me faz pensamento
em espaços livres,
onde espírito desenhista
exala e sobrevive
a pureza terrorista
do além da forma..
Do permanente que
se fez impermanente
quando senhor Antônimo
casou com dona Sinônimo
e assinou Sociedade Anônima
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