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Poesias-->Espíritos Camuflados -- 06/08/2001 - 10:31 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desfaço compromisso,

arreio o pensar

na paisagem,

ou no próximo

que pede passagem.;

desmnto minhas coisas

em praça pública.;

rebuliço as crianças

com minhas quinquilharias.



Sou feliz por tentar.



Sou absorto e de rentidão.

Não faço por menos,

mas quando não

há milagres

tenho que

me retirar.



Sou compasso de flores,

jardins desfeitos pelo rústico

vento norte.



Mas ainda sou um pouco

de ser.

Tão difícil - só um louco!



Então, num soslaio de

esperança,

me arrumo de prumo

com vasto lastro de perfumes

e vou a procura dela.



Escondida am alguma

parte do corpo dela

fica o passado

- tão distante -,

camuflada de espíritos

das coisas do mundo.



E sei que não vou encontrar:

na minha vida só me

deparei com rastros, e

apanágios coloridos

de morte.



E sei que vou a tôa,

de rústico,sei lá,

com outra vida,

dispersa da minha !



E eu,de caduquice troiana,

vou pedir prá ficar.;

ficar de momentos,

só, por um minuto,até!



Olhar pro rosto dela

e pensar -

um dia tive este castelo

e a maresia do destino

carregou prá outro vida.



Vida que me carregue!

Vida que me desfaça !





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