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Poesias-->O UM POUCO DELE -- 23/07/2001 - 12:09 (maria da graça ferraz) |
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A sombra dele
na parede
está com defeito
e não há jeito
de consertar
Os passos dele
na escada
estão
arranhados.
O rosto dele
exibe uma
fina linha
de rachadura.
Espatifado,
este homem
foi reconsituído
sem candura e
sem piedade
Desfila seu aleijão
com crueldade
sem disfarçar
boa vontade.
Vejo a mutilação
e não me acostumo.
O que ele tenta
provar diante do
mundo?
Quando pergunto:
Por que mudaste?
Reage com
violência ou
segue a vida
com indiferença.
Cadê o "um pouco
dele" que tanto
amava?
O "um pouco dele"
que me roubava
flores na
madrugada?
Que escrevia
bilhetes
apaixonados?
Cadê sua
inocência,
seu riso,
sua paz?
Nossa vida,
onde está?
E nosso sonhos?
Vivo a vagar
pela cidade,
ávida de emoções
e de romances,
consumindo
conversas de salão-
tão ordinárias!
Sou esta mulher
perdida - pária
social- que
apontam : Bandida!
Peito contém grito
" Cadê o um pouco
dele que me era
tudo? Este um
pouco que me era
muito? Você
viu? Você vê?
Diga-me: Cadê?"
BY Violeta/RJ
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