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Poesias-->As idades do Amor -- 08/07/2001 - 20:46 (ANTONIO ELSON RODRIGUES SIQUEIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quantos anos tem o amor?

Esse estreito "opus incertum"

Talhado a sangue na rocha

Feito cruz de sonhador,

Cuja trajetória incerta

O próprio tempo esqueceu.



Um jogral apaixonado

Invocaria, decerto

A presença do infinito

E dos olhos da amada

Para em trova singular

Dizer a idade do amor.



Já o filósofo, do amor

Provaria a inexistência

Espiritual e empírica

Para, em seguida, elevando-o

Aos recantos silogísticos,

Consagrá-lo universal.



A prostituta, embebida

Em pecadinhos da carne,

Ordenaria ao amor:

‘Tire a roupa, queridinho!

Já faz tempo eu te conheço...

Você tem a minha idade.’



Um padre da Santa Sé

Quereria ser pagão

Pra explicar seu pensamento

Sobre os invernos do amor.;

Mas, não podendo, diria

Que é a mesma a idade da fé.



Um caboclo seresteiro

Do sertão de algum brasil

Diria que o seu amor

Tem a idade da esperança

De uma nuvem passageira

Que abençoe a terra com chuva.



Um mendigo miserável

Miserável miserável

Como só há nas cidades,

Em troca de um cafezinho

Diria: ‘A idade do amor

É a da minha trajetória.’



Um bêbado, já excluído

Da alta roda social,

Precisamente diria

Que amor ou jogo ou dinheiro

Que se mata, vende ou troca

Tem a idade da cachaça.



Um índio, que não fosse outro

Senão o índio brasileiro,

Lembraria que o amor

Tem a idade de Iracema,

Cujos lábios são de mel,

No bem dizer de Alencar.



Proclamaria o poeta:

‘O amor preserva a idade

Do passado e do presente

Que o futuro não revela.

Na velhice será jovem

Enquanto for poesia.

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