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Poesias-->continuum -- 05/07/2001 - 02:40 (maria da graça ferraz) |
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Penso para dentro
E, para esse pensamento,
não ha linguagem
ou discurso.
É falar de anjo
tartamudo.
Sem forma.
Sem conteúdo.
Penso para dentro.
Sou doida varrida.
Algo espontâneo
e improdutivo.
Penso através do
cósmico umbigo-
celeiro de significados
e de sentidos.
Penso por dentro
Me impulso
e não há palavra
avulsa
que me traduza.
Palavra existe
na tessitura
do banal.
Palavra vulgariza
É tipo de vigarista
cheia de papéis
e de figuras...
O que penso para fora,
veste sobretudo,
pega chuva ,
não se molha
Mas o que penso
por dentro é
multiforme
de silêncios
onde sujeito ama
predicado
e dorme
após noites de pecado.
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