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| Poesias-->tremendum -- 05/07/2001 - 02:37 (maria da graça ferraz) |
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Quero a sabedoria
dos que vivem
de instantes
Aceitar a cacofonia
de vozes dissonantes,
e a heregia do
tempo circular
dos amantes
Não quero ser vivida
Quero viver!
Viver de instantes
abundantes!
E nunca antes
ou depois
instantes!
Abomino o tempo
que repõe tempo
do sempre-igual
no linear estúpido
Quero a
eternidade irracional
do instante absoluto
atemporal.
Desejo a união
do imagético
com o conceitual.
Quero a ruptura
das paralelas
Perscrutar
o encontro das células
sexuais
no perpétuo
instante
do vir a ser
E aí me abortar
como cisto
incluso
Quero ser
a possibilidade
sem fuso
horário.
Quero ser
o perene porvir
de cenários
E, que caso
morra, isto é fatal!,
volte a ser pó-
instantâneo-
fermento Royal
E permane- Ser!
E etc e tal
Por muitos instantes
e instantes
Além!
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