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Poesias-->silêncio -- 24/06/2001 - 01:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Há este silêncio

que me verto e,

ao qual me submeto,

sem rebeldia do medo.

É o silêncio da gaivota

que o céu corta

na imensidão

É o silêncio da cauda

do cometa em

meio a escuridão

É o silêncio livre

que desconhece

a escravidão

Há um silêncio

que me percorre

e se escorre

entre minhas mãos.

Há um silêncio

que me penetra

e me entra

como um dardo

de pedra.

Há um silêncio

que vem do fundo

da Terra

e dos cumes das

altas cerras.

Há um silêncio

que é perdido eco

da voz de um prego

de cristal

a bater no mar

devagar

sem nunca afundar.















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