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Poesias-->Apenas um poema inacabado -- 16/06/2001 - 22:46 (Maria José Limeira Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
APENAS UM POEMA INACABADO



Maria José Limeira



O passar do tempo não apaga

o grande amor que me afaga,

afogado nos deslizes da memória.

Primavera, verão, quanta história...

Outono, inverno inteiro.

Passam janeiro e fevereiro...



Os séculos desembocam em foz.

Rios, águas mansas, mar bravio.

Tudo se renovou logo após.

Mas ficou em mim o que sobrou.

O meu amor estacionado.

Como velho navio encalhado.



Inda vejo o quarto escondido.

Nossos corpos tinham sentido.

Palavra murmurada era grito.

Nosso amor molhado, realizado.

Não era choro que nos umedecia.

Era ânsia que nunca arrefecia.



Inda me lembro dos lugares

e perigos que atravessamos.

Vales, quilombos, palmares.

O final da estrada era prêmio

pelo qual eu lutava e merecia,

no teu corpo, ao morrer do dia.



E como depois tudo foi saudade,

desespero e infelicidade,

quando nos separamos tristemente.

Meu corpo ficou doente.

Minha mente conheceu vale da morte.

Perdemos Sul, e depois, Norte.



Vazio, solidão, dor, escuridão.

Restos de mim brilhavam ao sol.

Como sucata num montão de lixo.

Minha caneta virou carrapixo,

na longa carta que nunca foi escrita,

onde não caberia minha desdita...



E porque não consegui dizer

toda a dor que me fez sofrer,

guardo comigo o último orgasmo,

adeus, lenço branco, lençol bordado,

todo absurdo do mundo tresloucado,

quando nosso amor foi lágrima...



Somos apenas um poema inacabado...

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