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Poesias-->espalha -- 15/06/2001 - 23:45 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Espraio as palmas das mãos

diante de minhas turvas

feições como dois espelhos curvos

Não me acho à esquerda.

Não me vejo à direita.

Nem no côncavo

ou no convexo.

Nem na sombra

ou no reflexo.

Nem no vice ou no versa

Nem no vide ou no verso

Minha alma é estrábica

de raios divergentes,

espalha-se fora das lentes.

Minha mãos são cheias

de miragens...

de ilusões....

de falsas imagens...

E quando tudo cai no chão,

viram olho de vidro

e quebram as mãos.



















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