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Poesias-->Presidente Prudente -- 14/06/2001 - 23:06 (Francisco Libânio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Presidente Prudente



Se me perguntarem de Prudente

Digo pronto que a estimo

Como parte de minha vida

De poeta sem arrimo

Digo que esta gente

É sem expectativa



Aqui as pessoas adoram bois

A livros e a virtudes

Aqui o dinheiro é laçado

E a maior dureza

É o chão de areia batida

Depois de um tombo de touro

Aqui, podem invadir os marcianos

Pode haver um terremoto

Um cataclismo sem precedentes

E o clima de interior continua o mesmo

As pessoas ainda sentam à calçada

E contam causos da vida

Vendo a noite enluarada

Que bom!



É claro que não nasci aqui

Mas praticamente nasci aqui

Pois nasci na Capital a passeio

E vim pra cá com dois meses

Então, como dizer que não nasci aqui?

Se não tenho Prudente no sangue

Tenho no coração



E meu coração prudentino

Purifica meu sangue paulistano

E me deixa o sangue com o gosto

Desta cidade parada e atrasada

Mas que me criou e me instruiu

Poeta que agora escreve

Um canto de amor e ódio

Dessa gente chapeluda, dos caubóis

Das faculdades particulares

Dos fazendeiros que fumam cigarros

De notas de cem reais

Da juventude sem poesia e sem cultura

Felizes em beber seus Jack Daniels

Dessa capital do interior

Bem ao interior da Capital



Mas não vou dizer “te amo”

Ó cidade!

Porque certos sentimentos

Quando demonstrados

Se se diz é hipocrisia

Por isso se o que quer

É ouvir “te amo”, não direi

Pois já te amo e nunca precisei dizer.



Francisco Libânio

02/02/01

2:40 PM

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