Soneto do Jubileu de Aninha
Félix Maier
Desliza a gôndola em Veneza calma,
E Aninha, alegre, em prece se derrama.
A fé conduz, suavemente, a sua alma
Por águas santas que o amor reclama.
Assis de Francisco a envolve em doçura.
Pádua, com Antônio, a faz mais serena.
Em Pompeia, espanta-se à dura escultura
De corpos pétreos sob a cinza amena.
Depois, em Roma, mil maravilhas viu:
Fontanas cantam, Césares dormem quietos,
A fé pulsa entre ruínas e obeliscos eretos.
No Vaticano, o Papa o Céu lhe abriu:
Aninha, em Jubileu, como ao ser batizada,
Renova a alma - inteira, leve e alada.
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