ONDE ESTÁS...ONDE?
Jogo chaves e borrões, balas
grampos, elásticos e recibos:
a minha bolsa não guarda
nada muito interessante.
Não tenho retratos
flores secas, tarjas com perfume
lenços de cheiro
nem nada de ti.
Queria alguma caixa
micro-caixa, poderia ser
feito gênio de garrafa
que facilitasse o caminho.
Meu coração é um bumbo
louco por pegar
vida e vida
e deixar de lado o comportável...
Tudo isso dialoga contigo
acompanha-me nos diluvios
erosões e sustos do dia a dia.
Como um amuleto silencioso.
Uma pedra mágica atrevida
cutucável e falante quando quer
pisando alguns batimentos cardíacos.
E que eu não sei onde está...
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
|