Domingo de outono
Renato Ferraz
O dia amanheceu com ar de tranquilidade,
com fisionomia de um domingo de descanso!
Choveu à noite anterior, o clima estava agradável.
Não ocorreu nada de especial.
Apenas as pequenas coisas do dia a dia...
um livro para ler, um texto para escrever,
um filme para ver...
O Sol brilhou intensamente.
O tempo se passou como de costume,
os segundos correndo em busca das horas
e essas atrás do dia,
sem nenhuma aparente alteração
nos movimentos do planeta.
Pássaros voavam, vinham não sei de onde.
Pousavam e inquietos olhavam para um lado
e para o outro e freneticamente começavam a cantar.
E isso eles fazem muito bem!
Pessoas caminhavam, cães latiam,
ouvia-se o burburinho das ruas,
buzinas e barulho de automóveis...
as coisas da vida urbana.
Você perguntará, e daí?
É que às vezes as pequenas coisas são tão
comuns que passam despercebidas e a gente
está tão estressado que deixa de ver o que está perto,
como se a satisfação ou o prazer de viver
só estivesse em momentos grandiosos
ou em coisas distantes e sofisticadas....
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